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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Emocionalismo, a máscara do falso avivamento.

     Eu conheço as tua obras, que tens nome de que vives e estás morto.
     Assim começa uma das sete cartas, que fora escrita para as sete igrejas da Ásia, e que estava endereçada a Igreja em Sardes, antiga capital do reino de Lídia e do Rei Creso (560-546 a.C). A cidade de Sardes decadente de luxúria, apatia e religiosidade licenciosa.
     Quem sabe aquela Igreja estava sempre em bom número de crentes, os cultos eram bem organizados e festivos, tanto que a fama que corria é que alí era uma igreja viva; o conteúdo daquela carta foi como um soco no estômago. Aqueles crentes não sabiam, mas suas obras, os seus feitos eram superficiais, extraidos de uma religiosidade costumeira e orgulhosa, como um fogo de artíficio em meio a um território de guerra.
     Igrejas ( a Igreja de Cristo aqui não se enquadra) parecidas com a de Sardes, é o que mais se vêem, tudo parece muito bem planejado, idéias fabulosas, delírios dos que dizem ser doutores da lei, que se acham detetores de uma verdade esdrúxula, e para mostrar serviço, promovem grandes concentrações, em um baile de máscaras, com expressões distorcidas do reino espiritual, são aberrações, show-mans e sensacionalismo.
     Pentecostal e New-pentecostal se confrontam, se combatem e estimulados pela competição religiosa, cada vez mais eles inventam. Nunca se falou tanto em "Avivamento", e nunca se viveu tão pouco avivado. Avivamento é estar "vivo", com o entendimento espiritual em alerta, guiado pelo Espirito Santo, sempre desejoso de agradar ao Senhor. Ser um crente avivado, é ter prazer em servir a Deus no: Evangelismo, discipulado, no ministério que lhe foi confiado, amando, perdoando, não se conformando com este sistema do mundo que está entregue a Satanás, ser avivado é simplesmente ser um abençoador de vidas, fazer uma diferença, ter testemunho de uma vida santa na família e na sociedade; é ter o Espirito Santo e ser cheio Dele, para as realizações das obras verdadeiras de curar os enfermos, limpar os leprosos e expulsar os demônios, em suma, trazer libertação aos oprimidos, o Senhor Jesus disse: Se creres farás obras maiores do que as minhas. E mais, estes sinais seguirão aos que crêem... Ser um crente avivado é ser comprometido com Deus.
     A Igreja primitiva era envolvida pelo Espirito de Deus, tinham tudo em comum, não haviam necessitados e isto quer dizer avivamento. Hoje as denominações organizacionais se preocupam em primeiro lugar com as administrações financeiras, cargos hierárquicos, grupos se formam, pouco tem em comum, muitos necessitados, famintos do alimento material e espiritual, os verdadeiros milagres não acontecem, e este estado letárgico leva a alguns imitadores de Sardes promoverem pseudos-avivamento, movidos por um desejo cego de poder e ganancia, deixam de curar as feridas do povo, falando de paz, quando não há, profetizam compras de carros, casas, negociam, barganham, e os queridos hipnotizados entram em uma fila de espera interminável, aguardando por promessas que não chegará.
      O Culto dos emocionados, este título serve muito bem, no que presenciamos hoje, são os cultos dos jargões, das esquisitices, das vãs repetições; os cantores, ou melhor os artistas, fazem seus shows particular, falam de vingança subjetivamente, outros querem de volta o que ficou lá atrás, e por aí vai... Fico me perguntando como reagiriamos diante daquele Jesus que vivia no deserto, sem teto, sem aparência, pregando um evangelho de renúncia, com palavras contundentes, nunca mostrou facilidades terrena e nem proveito próprio. Jesus desmascarou a religião e a hipocrisia, confrontou poderosos.
     A palavra de Deus nos adverte: O meu povo erra por lhe faltar conhecimento. Nos últimos dias virão muitos falsos profetas e falarão em nome do Senhor e farão até maravilhas. Um culto avivado, é um culto racional vindo de um espirito quebrantado, de um coração entregue a Deus, porque as nossas emoções, estas para Deus nada produzirão.
                         
  
                                                                             Janás Felix