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quarta-feira, 28 de março de 2012

Marcos... é útil.

     João Marcos era um jovem habilidoso, crente e fiel; um dia talvez por medo, timidez ou por não se sentir preparado para uma missão tão dificil, o nosso amigo desertou, caiu fora da missão. Paulo o lider do grupo, ficou tão chateado, que decidiu não contar com ele para nada mais. Passado algum tempo, Paulo estava com uma nova missão, com o seu amigo de viagem Barnabé, e precisavam de um companheiro; claro que o pacífico Barnabé optou justamente por João Marcos, o jovem desafeto de Paulo. Por causa desta "contradição" de ideias eles brigaram e feio; alí foi o final daquela dinâmica dupla. Barnabé queria Marcos de volta e não abriria mão disso, nem que para isto confrontasse a vontade do colérico Paulo.
Cá entre nós, você confrontaria o apostolo Paulo em suas decisões? com certeza não, sabe por que? a religiosidade não permite, pensamos que por ser escolhido e usado por Deus, encontra-se em posição beatificada, homens ou mulheres  chamados e capacitados não erram nunca, portanto as opiniões destes não podem ser discordadas, ledo engano, o único infalivel, imutável que não deve ou pode ser confrontado é o Senhor; o homem é falho. Se Paulo não iria ceder, muito menos Barnabé, fim e começo de uma nova época, agora sim, duas equipes missionárias estavam formadas. Barnabé com o seu protegido Marcos, e Paulo com o amigo Silas, cada um seguindo o seu caminho, em acordo com os própositos de Deus; não ficariam inimigos por isto, sem inimizades ou sentimentos de vingança, apenas houve uma divergência de opiniões, e como poderão andar dois juntos se não existe acordo? então, amém e cada um para o seu lado.
     Em um determinado tempo, Paulo precisou de um companheiro, alguns haviam lhe deixado e seus fieis amigos estavam bastantes ocupados, porém o nosso querido Marcos ( é, ele mesmo, Deus é mestre e faz tudo perfeitamente) era o único que estava livre naquele momento de grande necessidade (IItm4:11) e Paulo entende que lhe será de uma grande utilidade, porque ele não era apenas um rapaz desertor, um em quem não se podia confiar; mas era sim, um colaborador fiel, e honroso e porque não dizer, cumpridor de suas responsabilidades. Paulo teve sim, motivos para não confiar em João Marcos, e este por sua vez, não tentou persuadi-lo com palavras e xplicações plausiveis, esperou o tempo certo, e com ações de um homem íntegro e cristão, mostrou-lhe que por uma atitude momentânea, não se sentencia uma pessoa por toda uma vida.
     Os Joãos Marcos sempre vão existir e por motivos vários, mas para cada um deles sempre existirá também um Paulo ou Barnabé, e no caminho entre um e outro estará o Deus que conhece o Ser humano profundamente.


                                                                 Janás Felix